“Fidelidade gera prosperidade”
(Parte 2)
Na primeira parte desta ministração falamos
sobre o conceito bíblico de prosperidade e a importância de sermos fiéis ao
Senhor e à sua palavra, a fim de experimentarmos prosperidade em todas as áreas
da nossa vida. Hoje vamos falar sobre os princípios que devemos observar em
relação á nossa vida financeira.
1.
A fidelidade no dízimo!
A palavra “dízimo” significa “décima
parte”. A Bíblia afirma: “Trazei todos
os dízimos a casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...”
(Malaquias 3:10a). Dízimo, ao contrário do que muitos pensam, não é invenção de pastores. A Bíblia nos
ensina que a décima parte de tudo o que recebemos não nos pertence, é do
Senhor. Trazer o dízimo diante da Igreja e entregá-lo ao Senhor, significa
reconhecer esta verdade. Entregar o dízimo nada mais é do que devolver ao
Senhor aquilo que é dele. Deus nos dá 90%. É nosso! Mas 10% é dele e deve ser
devolvido para o sustento da sua obra.
1.1 Jesus
e o dízimo.
O Evangelho de Mateus nos mostra que Jesus
valorizou o dízimo ao afirmar: “Ai de
vocês mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima
parte da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem os mandamentos
mais importantes da Lei que são o de serem justos com vocês devem fazer, sem
deixar de lado as outras.” (Mateus 23:23 BLH)
Jesus não apenas confirma a importância de dizimarmos, como também
enfatiza que não basta entregar o dízimo sem que este dizimar seja acompanhado de
uma vida íntegra e generosa, como já afirmamos anteriormente. Muitas pessoas,
assim como os fariseus na época de Jesus, acham que basta entregar o dízimo e
pronto, a prosperidade virá. As janelas do céu se abrirão. Engano! Precisamos
ser fiéis em tudo. Não apenas no dízimo. A prosperidade financeira começa com o
dízimo e continua através de uma vida de obediência a Palavra de Deus.
1.2 O dízimo gera proteção para as nossas
finanças!
Ao falar sobre a questão do dízimo, o profeta Malaquias nos revela uma
verdade importante sobre o dízimo. Vejamos: “E por causa de vós (da vossa fidelidade) repreenderei o devorador,
para que não vos consuma o fruto da terra...” (Malaquias 3:11)
O profeta está falando sobre as bênçãos de deus sobre aqueles que são
fiéis no dízimo. “Repreender o devorador” significa dar proteção “ Na época de
Malaquias era comum o ataque de gafanhotos e de outras pragas às plantações,
trazendo destruição às mesmas e prejuízos aos agricultores. Mas o Senhor
estaria repreendendo o devorador, trazendo proteção aos servos que fosse fiéis
a Ele, evitando assim que o fruto do trabalho se perdesse.
Quantas vezes perdemos dinheiro em um negócio mal feito, em compras
erradas, estragos no carro que poderiam ser evitados como batidas, acidentes;
etc. É o devorador consumindo o fruto do nosso trabalho. Quando somos fiéis ao
Senhor nos dízimos somos protegidos por ele do devorador. Nosso salário rende,
e ainda que algum imprevisto aconteça somos supridos pelo Senhor, Aleluia!
Aquele que é fiel ao Senhor tem suas finanças protegidas pelo Senhor. Dízimo
gera proteção!
2. Fidelidade nas
ofertas!
Você
já ouviu alguém dizer: “Mas eu sou dizimista e não prospero! Não me falta nada,
mas não vejo progresso nas minhas finanças.” Como pastor já ouvi muitos irmãos
dizendo isso. O problema é que muitos não prestam a atenção no que a Palavra de
Deus diz. Muitos acham que Deus quer que sejamos fiéis somente na entrega do
dízimo. Entretanto, o profeta Malaquias afirma: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te
roubamos? Nos dízimos e nas ofertas!”
(Malaquias 3:8) Deus espera fidelidade de nós não somente no dízimo, mas
também nas ofertas.
A fidelidade nos dízimos gera proteção e a fidelidade nas
ofertas gera multiplicação!
Precisamos
entender que quando entregamos ao Senhor o dízimo não estamos fazendo nada de
extraordinário. O dízimo não é nosso, não nos pertence; estamos apenas
devolvendo ao Senhor aquilo que é dele. É como se algum amigo seu fosse viajar
e deixasse o carro dele com você. Ao voltar da viagem você vai lá e devolve ao
seu amigo o carro dele. Eu pergunto: Você teve algum mérito em devolver o
carro? Claro que não! Ele não era seu, mas do seu amigo. Agora, se você desse o
seu carro de presente ao seu amigo, aí sim teria méritos. Você deu algo que lhe
pertencia, demonstrando consideração pelo amigo.
O
mesmo acontece quando entregamos nossa oferta. A oferta é tirada da parte que
Deus nos dá, ou seja, dos 90% . Oferta é algo além do dízimo que tiramos daquilo
que nos pertence. Ela representa um esforço da nossa parte. Mais do que isso, a
oferta representa uma semente que é lançada na terra. Precisamos entender que o
Reino de Deus funciona a partir de um princípio: A lei da semeadura! Leia com
atenção o texto o texto abaixo:
“O Reino de Deus é assim, como se um homem lançasse uma
semente à terra.” (Marcos 4:6)
“E dizia: A que assemelharemos o Reino de Deus? É como um
grão de mostarda, que quando semeado na terra...” (Marcos 4:30 e 31)
O
apóstolo Paulo aplica a lei da semeadura ao falar das ofertas que os irmãos de
Corinto deviam levantar para os irmãos da Judéia:
“E digo isto: O
que semeia pouco, pouco também ceifará; o que semeia em abundância, em
abundância também ceifará. Cada um
contribua segundo propôs em seu coração; não com tristeza ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá
com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça,
a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa
obra(...) Ora, aquele que dá a semente
para semear e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da
vossa justiça, para que em tudo
enriqueçais, para toda a beneficência, a qual faz com que por nós se
dêem graças a Deus.” (II Coríntios 9:6,7,8,10 e 11)
Queremos
destacar cinco verdades encontradas neste texto sobre oferta e sobre o
princípio de semeadura que envolve o ofertar.
1° Quem semeia pouco
colhe pouco! ( II Cor.9:6)
Você já viu alguém plantar 2 hectares de
terra e colher sobre 5? Com certeza não! Colhemos de acordo com aquilo que
plantamos. É assim que funciona o princípio da semeadura. Muitos querem
prosperar mas não semeiam, e quando o fazem ofertam o resto, o que sobra e não
o melhor. Quem semeia pouco colhe pouco! Agora, o que é pouco para alguns pode
ser muito para outros. Nossa semeadura será considerada a partir da nossa
realidade, e o Senhor conhece a realidade de cada um.
2° Somos livres para
ofertar! (II Cor.9:7)
Deus nos dá liberdade para decidirmos quanto
vamos dar. A decisão de quanto devemos ofertar deve ser tomada em oração,
buscando a orientação do Espírito Santo; perguntando ao Senhor: Quanto devo
dar? Quando ofertamos por emoção ou por pressão podemos nos arrepender depois.
Aí nossa oferta não terá valor como semente.
3° Devemos ofertar
com alegria! (II Cor.9:7)
Não há nada errado em ofertarmos pensando
naquilo que vamos colher. A Palavra de Deus nos dá o direito de ofertarmos e
esperarmos os frutos da nossa semeadura. Nenhum agricultor planta e esquece do
que plantou. Todo aquele que semeia espera colher de acordo com o que plantou.
No entanto, o Senhor espera que a nossa fidelidade nas ofertas seja exercida com
alegria. Devemos nos sentir felizes por estarmos semeando no Reino de Deus,
contribuindo para que a obra do Senhor prossiga.
4° Deus nos dá a
semente! (II Cor.9:10)
Já dissemos neste estudo que Deus não pede
nada que não temos, ou que não tenha nos dado antes. Veja que benção: O Senhor
mesmo nos dá a semente para semearmos. Interessante que o texto nos diz que ele
dá a semente para semearmos e o pão para comermos.Por que será que o Senhor
fala sobre pão num momento em que o assunto não é comida? É por que,
infelizmente, muitos comem o pão e a semente! Pão é para comer, semente para semear. Não coma a sua semente. Deus
lhe deu para que você a semeie. Você tem semeado a semente que recebe do
Senhor? Tem demonstrado fidelidade em suas ofertas?
5° Deus
multiplicará nossa oferta! (II Cor.9:10)
Pode ter certeza: Deus irá honrar sua
fidelidade em ofertar. Poderíamos citar muitos testemunhos concernentes à esta
verdade, mas queremos apenas destacar o fato de que o Senhor é aquele que
multiplica a nossa semente. No evangelho de Marcos lemos que isso pode
acontecer à base de 30,60 ou até 100 vezes mais. (Marcos 4:8) A Palavra de Deus nos informa que Deus abençoou Isaque
multiplicando a sua semeadura 100 vezes mais: “Naquele ano Isaque fez plantações ali e colheu cem vezes mais do que
semeou.” (Gênesis 26.12)
Que o Senhor nos conceda graça e misericórdia a fim de permanecermos
fies à Ele em todo o nosso caminhar.