“O verdadeiro avivamento!”
(Hab. 3.2 e 16 a 19)
“Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi;
aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a
conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia... Ouvindo-o eu, o meu ventre
se comoveu, à sua voz tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus
ossos, e estremeci dentro de mim; no dia da angústia descansarei, quando subir
contra o povo que invadirá com suas tropas. Porque ainda que a figueira não
floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e
os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam
arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR;
exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os
meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas”
- Algumas questões:
* O
que significa avivamento?
*
Você acha que avivamento é algo importante para a Igreja?
*
Você já leu ou ouviu algo sobre algum avivamento na história da Igreja?
- O dicionário Michaelis define avivamento
como o “ato de avivar”, ou seja, “ato de tornar mais vivo”; “de manifestar mais
vida”. No contexto bíblico, avivamento torna-se o ato de manifestar mais a vida
de Deus. Avivamento bíblico é a vida de Jesus manifestando-se mais intensamente
em nós. O apóstolo Paulo declarou: “Não vivo eu, mas Cristo vive em mim!” (Gálatas 2.20)
- Creio que esta é a ideia de Habacuque ao
clamar a Deus: “Aviva
ó senhor a tua obra...” (Vs.2) Habacuque viveu em um tempo difícil.
Seu livro é composto por três diálogos. No primeiro, Habacuque questiona a deus
sobre o porquê de tanta injustiça social. No segundo diálogo, ele questiona a
maneira como Deus manifestaria a sua justiça, perguntando porque os bons muitas
vezes precisam ser condenados com os justos. Por último, Habacuque entoa um
hino de louvor a Deus, revelando assim sua compreensão acerca deste Deus
maravilhoso que interfere na história.
- Neste último diálogo apresentado no livro
de Habacuque, podemos entender que um verdadeiro avivamento...
1. É
fruto de um clamor sincero! (Vs.2)
- A experiência de Habacuque com Deus, a
partir da palavra do Senhor, gerou nele um profundo desejo por avivamento, que
o levou a clamar: “Aviva ó Senhor a tua obra...” O verdadeiro avivamento começa
quando homens de Deus, tocados por Ele a partir da sua palavra, começam a
clamar por avivamento.
- Foi assim que começou o grande avivamento
na Inglaterra do século XVIII. Homens como os irmãos John e Carlos Wesley
clamaram a Deus por um avivamento e ele aconteceu. Milhares de vidas foram
salvas na Inglaterra e no mundo inteiro como fruto deste avivamento.
- Em segundo lugar, o verdadeiro
avivamento...
2. É
fruto de um quebrantamento espiritual! (Vs.16)
- O verso 16 afirma: “Ouvindo-o eu, o meu
ventre se comoveu, à sua voz tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos
meus ossos, e estremeci dentro de mim...” Habacuque olha para dentro de si mesmo é percebe o quanto era impuro e
limitado; o quanto precisava de Deus. Quebrantamento começa quando olhamos para
dentro de nós mesmos e nos humilhamos diante do Senhor. Por isso, o salmista
ora: “Sonda-me,
ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê
se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139.23 e
24)
- Habacuque passa a compreender que, antes de
emitir qualquer julgamento, precisamos olhar para dentro de nós mesmos e nos
humilharmos diante do Senhor. O verdadeiro avivamento começa dentro de cada um
de nós, quando nos quebrantamos na presença do Pai. O salmista também afirma: “Os sacrifícios
para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmo
51.17)
- Em terceiro lugar, o verdadeiro
avivamento...
3. É
fruto de um louvor sincero! (Vs.17 e 18)
- Os versos 17 e 18 do capítulo 3 de
Habacuque nos revelam que o profeta demonstra disposição de louvar a Deus em
qualquer circunstância. Mesmo que as dificuldades fossem grandes, Habacuque
louvaria ao Senhor. “Todavia...” indica esta disposição.
- O verdadeiro avivamento vem quando povo de
Deus demonstra disposição para louvá-lo em qualquer situação. Jamais haverá
avivamento enquanto houver murmuração e desânimo.
- O louvor possui um poder sobrenatural. No segundo
livro de Crônicas lemos a história do cerco de Judá pelos moabitas e amonitas no
reinado de Jeosafá. O povo de Deus, militarmente falando, era mais fraco que os
moabitas e amonitas. Mas Deus, por meio do louvor do seu povo, livrou-os das
mãos do inimigo. “E aconselhou-se com o povo, e ordenou cantores
para o SENHOR, que louvassem à Majestade santa, saindo diante dos armados, e
dizendo: Louvai ao SENHOR porque a sua benignidade dura para sempre. E,
quando começaram a cantar e a dar louvores, o SENHOR pôs emboscadas contra os
filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e
foram desbaratados.” (II Crônicas 20.21 e 22)
- Por
último, o verdadeiro avivamento...
4. É fruto de uma grande visão e da
dependência de Deus! (Vs.19)
- Não há
avivamento sem uma grande visão daquilo que o Senhor deseja para nós. Habacuque
tinha plena convicção de que Deus queria leva-lo a “lugares altos” Deus tem
mais para nós! Deus tem o melhor para nós! Acomodação não produz avivamento.
Uma visão pequena, limitada, não produz avivamento.
- Além de
uma visão ousada, também precisamos depender totalmente do Senhor. O profeta
afirmou: “Ele me fará andar sobre os lugares altos!” Ele reconhece que somente
Deus poderia leva-lo, conduzi-lo a um lugar melhor. Precisamos entender que é
Jesus que opera em nós o querer e o efetuar! (Filipenses 2.13)