Uma Igreja relevante!

(Neemias 1.1 a 2.8)

- Se a nossa igreja - Igreja Batista Novo Tempo - deixasse de existir, o nosso bairro sentiria a nossa falta? Somos uma igreja relevante para as pessoas, para a nossa região?

- Quando lemos a Bíblia entendemos que, como igreja de Jesus, devemos fazer a diferença onde estamos, na sociedade da qual fazemos parte. A igreja deve ser uma agência transformadora da realidade que a cerca, agindo com base no amor de Deus.

- Os capítulos iniciais de Neemias nos ajudam a identificar algumas características de um grupo que faz a diferença, que é relevante onde está estabelecido. Vejamos:

É sensível às necessidades da comunidade da qual faz parte!

- Ao saber da situação do seu povo e da cidade de Jerusalém, Neemias ficou profundamente sensibilizado e buscou ao Senhor em oração. Ele não ficou indiferente à situação de sofrimento e destruição da sua cidade de origem.

- Assim como Neemias, devemos nos sensibilizar com as necessidades do nosso povo e principalmente da comunidade onde estamos inseridos. Como igreja, não podemos ser indiferentes à miséria, à violência e tantas outras necessidades inerentes à nossa sociedade.

- Jesus declarou: "Vós sois o sal da terra!" (Mateus 5.13) Ser "sal da terra" significa fazer a diferença. Trabalhar para que a nossa sociedade seja transformada pelo amor e pelo evangelho de Jesus Cristo. Isso começa quando nos tornamos sensíveis às necessidades do nosso povo. 

- Quando nos sensibilizamos, o primeiro passo é buscar ao Senhor, intercedendo pela nossa nação. Quando oramos e colocamos nossas necessidades diante do Pai, assim como Neemias fez, recebemos orientação, estratégia para agirmos em favor do nosso povo.

É revestida de autoridade espiritual!

- Neemias precisava começar a agir em favor do seu povo, mas ele precisava de autorização do seu Rei para agir. Mais do que isso, ele precisava ser revestido de autoridade da parte do rei para viajar em direção ao seu país. (Neemias 2.7). Ao conceder cartas a Neemias, o rei delegou a ele autoridade para agir. 

- Sabemos que para agirmos neste mundo como igreja, precisamos de autoridade espiritual. Quando decidimos trabalhar visando a transformação da nossa realidade, enfrentamos lutas e desafios inerentes ao mundo espiritual. O apóstolo Paulo afirma: "...pois não é contra a carne e o sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, as potestades, contra os príncipes do mundo das trevas; contra as hostes espirituais da maldade na regiões celestes." (Efésios 6.12) 

- Como igreja, recebemos autoridade de Jesus para agirmos em seu nome. (Mateus 28.16 a 20) Por isso, lemos no evangelho de Marcos os frutos daqueles que creêm em Jesus. Assim como Ele, fomos enviados com autoridade para realizarmos a sua obra. (João 20.21)

É consciente dos recursos disponíveis em Jesus!

- Neemias também pediu ao seu rei recursos para a restauração dos muros de Jerusalém (Neemias 2.9); e foi atendido. Não se realiza uma obra sem os recursos necessários.

- O desenvolvimento da nossa missão como igreja só é possível mediante recursos espirituais e financeiros. Em Jesus temos todos estes recursos à nossa disposição. O apóstolo Paulo afirma: "O meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus." (Filipenses 4.19)

Conclusão

Somos uma igreja relevante quando estamos sensíveis às necessidades do nosso povo, da comunidade onde estamos inseridos. Em Jesus temos todos os recursos que precisamos para realizarmos uma obra transformadora em nossa sociedade. Dele recebemos autoridade e suprimento para todas as nossas necessidades. Que sejamos uma igreja relevante, fazendo a diferença em nossa comunidade. 

Atitudes que contribuem para a comunhão da igreja

(Salmo 51.10 a 17)

- Na semana passada falamos sobre a importância de estarmos juntos e de  valorizarmos as reuniões da igreja. Vimos como Jesus e a igreja no primeiro século valorizaram a comunhão da igreja.

- Creio que todos nós, discípulos de Jesus, desejamos ver nossa igreja local fortalecida em sua comunhão e sendo edificada continuamente na presença do Pai. Para que isso aconteça,  é preciso que cada um faça a sua parte, colocando-se à disposição do Pai como instrumentos de edificação e frutificação em sua presença. O texto do salmista Davi nos ajuda a identificar algumas atitudes que devemos cultivar para que possamos contribuir com a nossa comunhão.

Auto avaliação espiritual!

- O salmista diz: “Cria em mim...”. Ele não diz “Cria em minha esposa...em meu filho...etc. Ele olha para dentro de si mesmo e percebe a necessidade espiritual que existe dentro dele. Esta era uma prática comum a Davi. Por isso, em outro texto ele diz: “Sonda-me ó Deus e analisa o meu coração. Examina-me e avalia as minhas inquietações. Vê se há em mim algum sentimento ruim e guia-me pelo caminho da Vida eterna.” (Salmo 139.23 e 24)

- Desde o início a Bíblia nos mostra como nós, seres humanos, temos a tendência de responsabilizar o outro. Foi assim no Jardim do Édem, quando o homem culpou a mulher e a mulher a serpente. (Gênesis 3.12 e 13)

- Já sabendo disso, Jesus nos ensina em seu evangelho: “Tira primeiro a trava do teu olho, e então poderás ver com clareza para tirar o cisco do olho do seu irmão.” (Mateus 7.5)

- É fato comprovado que a maior parte daqueles que se afastam da comunhão da igreja, o fazem porque deixaram de olhar para Jesus e passaram a olhar mais para o outro.

- Quando olhamos para dentro de nós mesmos e nos preocupamos com a nossa saúde espiritual, nos tornamos instrumentos poderosos nas mãos do Senhor para o fortalecimento da comunhão da igreja.

Um coração puro!

- Quando lemos o Salmo 51, percebemos que Davi estava com o coração ferido. No verso 12 ele pede ao Senhor que lhe restitua a alegria da salvação. No seu coração,  só havia tristeza e dor. Quem havia ferido o coração de Davi? Ele mesmo! Ao pecar, Davi trouxe para si mesmo sofrimento, culpa e dor. Seu coração estava contaminado. Ele sabia que com um coração neste estado, jamais poderia cultuar ao Pai. Por isso ele diz: “O verdadeiro sacrifício aceitável é um coração contrito; a um coração contrito e quebrantado o Senhor jamais desprezará.” (vs.17)

- Há várias causas para um coração estar ferido. Às vezes, nosso coração pode estar ferido pela mesma razão de Davi. Ou, talvez, alguma pessoa nos feriu. Também, pode ter sido algum fato ou situação que tenha ferido nosso coração. Seja o que for que tenha acontecido, precisamos ter consciência de que um coração ferido, contaminado, jamais irá contribuir para a comunhão da igreja.

- Assim como Davi, precisamos pedir ao Pai: Cria em mim um coração puro!”

Conclusão

- Cuidar da nossa saúde espiritual é fundamental para que possamos contribuir com a comunhão da igreja. Que o Senhor nos dê graça e sabedoria para olharmos para nós mesmos, purificando nosso coração e usando-nos na edificação da igreja.

A importância de estarmos juntos!

(Atos 2.44)

- A maior parte das igrejas do Reino Unido, que ainda mantém alguma atividade, reúnem-se apenas uma ou duas vezes ao mês. Geralmente, quando chegam à esse ponto, é porquê estão próximas de fecharem as portas. Uma igreja local que não valoriza suas reuniões, torna-se cada vez mais fraca espiritualmente.

- Ao lermos o livro de Atos, que nos relata a história da igreja primitiva, percebemos o quanto os nossos irmãos do primeiro século valorizavam o “estar junto” como igreja. Estes irmãos viam na comunhão da igreja, uma grande oportunidade de crescimento e alegria espiritual.

O “estar junto” em Jesus! 

- Jesus também valorizou sobremaneira a comunhão com os seus discípulos. Ele viveu esta comunhão de maneira intensa, diariamente. Ainda assim, pode dizer aos seus discípulos: “ Tenho desejado ardentemente comer convosco esta páscoa, antes da minha paixão...” (Lucas 22.15)

- Jesus nos deixou o exemplo para que nele possamos ser motivados a valorizar o tempo que passamos juntos como igreja.

O “estar junto” em Paulo!

- Paulo é um dos maiores expoentes da história da igreja cristã. Escreveu 13 dos 27 livros do Novo Testamento. Em várias partes dos seus escritos, ele nos fala sobre a importância de estarmos juntos como igreja. Para o apóstolo Paulo, o “estar junto” nos proporciona crescimento e edificação espiritual.

- Ao escrever aos irmãos em Colossos, o apóstolo Paulo os exorta: “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.” (Colossenses 3.16) Quando lemos o texto da Carta aos Hebreus relacionado às reuniões da igreja, entendemos que admoestações mútuas faziam parte das reuniões da igreja: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hebreus 10.25)

Considerações importantes!

- Deus se alegra ao ver seus filhos reunidos em um culto. Todo Pai fica feliz ao ver os filhos juntos. Não há dúvidas de que ao valorizamos as reuniões da nossa igreja, estamos agradando ao nosso eterno Pai. Só isso já seria suficiente para frequentados nossas reuniões. No que diz respeito à está realidade, tenho agradado ao Pai?

- Jesus nos motiva a valorizamos o “estar junto”. Paulo, da mesma maneira. A palavra de Deus nos exorta a valorizarmos a comunhão da igreja. E as reuniões semanais da igreja constituem-se em um importante momento de fortalecimento desta comunhão. Tenho eu valorizado as reuniões da minha igreja?

- Haverá igreja para as futuras gerações?

Tocados pelo poder de Jesus!

(Mateus 8.1 a 4)

- É possível, ainda hoje, alguém ser tocado pelo poder de Jesus?

- Certa vez ouvi o testemunho de um jogador de futebol, que estava com um sério problema em seu joelho e corria o risco de não ter o seu contrato renovado pelo clube do qual fazia parte. Este atleta foi a uma reunião dos atletas de Cristo e, ao receber uma oração, sentiu como se mãos estivessem tocando em seu joelho. Naquele momento, seu joelho foi totalmente curado e no dia seguinte ele pode treinar normalmente e teve, assim, o seu contrato renovado. 

- Sim, isto é possível! Ainda hoje, Jesus pode tocar em sua vida, em seu coração; trazendo cura, alegria e paz para o seu caminhar. Ainda hoje podemos ser tocados pelo poder de Jesus.

- A história narrada no evangelho de Mateus nos mostra um homem que foi tocado pelo poder de Jesus. Era um homem simples e, pelo que sabemos do contexto social do primeiro século, era um homem profundamente discriminado pela sociedade. Essa discriminação era fruto de sua enfermidade, pois, era leproso. Além dos visíveis problemas que a lepra produzia no corpo, ela também colocava uma carga espiritual e social muito grande sobre o enfermo; pois, aos olhos dos religiosos da época, a lepra era consequência do pecado; da impureza de alma.

- Não obstante a isso, Jesus deu toda a atenção àquele homem. Nunca vemos em Jesus atitudes de preconceito discriminação. Todos os que se chegaram a ele foram recebidos com amor. O evangelho é para todos!

- Ao atentarmos para as atitudes deste homem que foi tocado pelo poder de Jesus, percebemos uma atitude fundamental para que sejamos tocados pelo poder do Senhor Jesus: adoração!

Adoração!

- Encontramos na Bíblia duas ideias para a palavra adoração. Primeiro, como estilo de vida. É este o conceito principal de adoração no Novo Testamento. É a adoração mencionada por Jesus no evangelho de João: Mas, vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. (João 4,23). Esta adoração envolve toda a nossa existência. Acontece 24 horas por dia. É viver uma vida totalmente voltada para Jesus, procurando agradá-lo em tudo o que fazemos.

- A segunda ideia tem a ver com um momento mais específico, quando paramos para expressarmos ao Pai nossa gratidão; fazendo isso principalmente por meio de cânticos de adoração. Sobre esse conceito de adoração o escritor aos Hebreus afirma: Por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. (Hebreus 13.15) 

Adoração como rendição total!

- O texto diz que aquele homem, enfermo, chegou diante de Jesus e o adorou. O contexto nos autoriza a dizer que estas duas ideias de adoração estavam presentes na vida daquele homem. Sua vida estava totalmente voltada para o Senhor Jesus. 

- Esta afirmação baseia-se principalmente nas palavras do verso 2: Senhor, se quiseres, podes purificar-me! 

- Aquele homem era um Judeu – do contrário Jesus não pediria que ele fosse ate o sacerdote. Como judeu, ele sabia que a vontade de Deus é que todos tenhamos saúde. Deus, na cultura espiritual judaica, é Jeova-Rafá, aquele que sara todas as nossas enfermidades. Ele sabia que Jesus desejaria cura-lo; mas, demonstra disposição em submeter-se à vontade de Jesus.

- Adoração é, primeiramente, submeter-se à vontade do Pai. É render-se totalmente a ele, demonstrando disposição em fazer o que a sua palavra nos Oriente. A verdadeira adoração será sempre acompanhada pela obediência.

Conclusão

- Ainda hoje podemos ser tocados pela presença e pelo poder do Senhor Jesus. Isso torna-se possível quando vivemos como verdadeiros adoradores, totalmente rendidos à vontade do Pai. 

- Em primeiro lugar, que possamos nos dispor a fazer a vontade de Deus, expressa em sua palavra, em todos os momentos da nossa vida. Em segundo lugar, que possamos, como igreja e com a igreja, expressar a nossa adoração a Ele, fazendo isso de maneira profunda e exclusiva.

Uma escolha correta!

(Josué 24.14 a 23)

- Fazer escolhas é algo totalmente inerente à nossa vida. Diariamente, a todo momento, precisamos tomar decisões, fazer escolhas. O que vestir...onde comer, o que comer... 

- Escolha é algo pessoal. Enfrentamos problemas quando queremos interferir nas escolhas do outro, sem que sejamos convidados a opinar.

- Somos fruto de nossas escolhas! Escolhas que foram acontecendo ao longo da nossa história. Assim sendo, é importante que façamos escolhas corretas. Uma escolha errada pode nos trazer consequências terríveis e até mesmo comprometer nossa própria vida. Precisamos fazer escolhas inteligentes!

- O texto lido nos mostra alguns princípios inerentes à uma escolha correta. São eles:

Reflexão! Vs.15

- “Se vos parece mal...escolhei!” Josué convida o povo a uma reflexão. Eles precisavam considerar o que era melhor para eles. Servirem a Deus ou aos deuses de outros povos. 

- Uma escolha ccorreta será sempre fruto de uma reflexão séria, madura. Cuidado com aqueles que desejam impor a você uma decisão sem reflexão. Josué já havia preparado seus seguidores com subsídios suficientes para que eles pudessem refletir e tomar uma decisão. 

- Houve um momento interessante no ministério de Jesus, quando ele foi questionado pelos religiosos de sua época sobre que atitude tomar em relação à uma mulher pega em flagrante adultério. (João 8) A história diz que enquanto ouvia a questão, Jesus escrevia no chão. Por quê? Penso que Jesus, ao escrever no chão, refletia sobre o que estava sendo perguntado. 

- Nunca tome uma decisão sem antes refletir, considerar.

- Uma escolha correta é fruto de reflexão.

Consideração dos fatos! Vs. 17

- Nossa reflexão deve ser auxiliada por fatos. Contra fatos não há argumentos!

- Ao ser desafiado a tomar uma decisão, o povo passou a considerar os fatos que envolviam sua história com Deus. Eles relembraram a libertação do Egito e dos milagres vividos ao longo de sua caminhada no deserto. Josué já havia mencionado de maneira detalhada estes fatos no início do capítulo; agora o povo considera estes fatos para fazerem uma escolha acertada.

- Suponhamos que você vá comprar um apartamento. Para escolher corretamente o apartamento a ser comprado, você precisa levar em consideração muitos detalhes. Alguns são fundamentais, como por exemplo a construtora que fez o apartamento. Quais são os fatos que envolvem a história desta construtora? Estes fatos oferecem credibilidade a ela? Sem estas considerações, você estará correndo grande risco em sua escolha. 

- Uma escolha correta, precisa levar em consideração os fatos ligados a ela.

E, por último...

Consciência das consequências de sua escolha! Vs.23

- Toda escolha traz consequências! Boas ou más. E toda escolha implica em renúncia! Não havendo o que renunciar, não há necessidade de se escolher!

- Quando escolhemos um carro branco, renunciamos às outras cores. Quando tomamos a decisão de emagrecer, estamos renunciando à  uma série de guloseimas, o que representa um grande desafio.

- A escolha dos hebreus em servir a Deus, implicava em se desfazer dos ídolos que foram se juntando à eles em sua caminhada pelo deserto. Isso não significava apenas um ato exterior, mas, principalmente, interior. Era preciso “inclinar o coração ao Senhor” (vs. 23).

Conclusão

- Há uma escolha que precisamos fazer em nossa vida e que diz respeito à nossa espiritualidade . Servir ou não a Deus! Incluir Deus em nossa agenda! Esta escolha trará consequências para o resto da nossa existência. Bênçãos, mas também renúncia. Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16.24)

- Para tomarmos esta decisão precisamos refletir e considerar fatos ligados a Deus e à  sua palavra. Entre os fatos que devemos considerar, o principal nos foi lembrado pelo escritor da Carta aos Hebreus: “Olhando firmemente pra Jesus, autor e consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta; suportou a cruz desconsiderando o desprezo sofrido...considerai, pois, atentamente, aquele que suportou grande oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, abatendo-vos em vossa alma.” (Hebreus 12.2 e 3)

- Façamos a escolha correta. Sirvamos a Deus!

“Jesus está conosco!”

(Lucas 24.13 a 35)

- A presença de Deus junto ao seu povo é algo claramente perceptível na Bíblia. De Gênesis ao Apocalipse; do início ao fim vemos na palavra de Deus a realidade da sua presença.

- O próprio Senhor Jesus deixou claro está realidade ao afirmar: “...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus 28.20)

- Não obstante à está realidade, muitos há que a ignoram. Mesmo dentro de nosso convívio, pode haver pessoas que não conseguem ter uma percepção clara da presença de Deus. Nós mesmos, às vezes, em nossa caminhada, nos esquecemos de que Jesus está conosco.

- O texto lido nos fala de dois discípulos que caminhavam em direção a Emaus, uma pequena aldeia próxima à Jerusalém. O texto nos informa, no verso 17, que eles estavam tristes. Qual seria a causa desta tristeza?

Ausência de esperança!

- Quando lemos o texto com atenção, percebemos que não havia esperança no coração destes discípulos. Para eles, a morte de Jesus foi o fim de um lindo sonho. Eles haviam caminhado com Jesus, foram testemunhas do poder de Deus, viram os milagres; mas, agora estava tudo acabado. Para eles, não havia esperança de futuro.

Os olhos foram abertos!

- Em meio à está tristeza e desesperança, Jesus se aproxima e começa a caminhar com eles. Jesus é assim. Ele sempre está próximo a nós, principalmente nos momentos mais difíceis.

- Ao sentar-se à mesa com eles, os olhos deles foram abertos. Mesa, refeição...para os judeus isso era símbolo de comunhão e intimidade. Estar à mesa com Jesus significa ter comunhão íntima com ele.

- Ao terem os olhos espirituais abertos renasceu a esperança e a tristeza deu lugar a alegria. 

Jesus está conosco!

- A grande verdade é que Jesus está conosco! Talvez, assim como estes dois discípulos que iam pelo caminho, muitos hoje não percebam a presença de Jesus. Pode ser que até nós mesmos, muitas vezes, nos esquecemos de que Jesus está conosco. Estamos participando da reuniões da igreja, vemos a manifestação do poder de Deus entre nós, mas não percebemos que Jesus caminha ao nosso lado.

- Que hoje, neste exato momento, nossos olhos sejam abertos. Que possamos ter consciência cada vez maior de que Jesus está conosco. E que possamos, também, cultivar uma espiritualidade que nos leve a ter mais intimidade com ele. Assim, haverá em nosso coração esperança, paz e alegria. JESUS ESTÁ CONOSCO!

O melhor presente que alguém pode receber!

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3.16)

- Todos nós gostamos de receber presentes. Principalmente, quando o presente recebido nos é dado por alguém especial, que nos ama e que deseja o melhor para a nossa vida.

- Qual o melhor presente que a alguém poderia receber? Quais as características que este presente precisaria ter?

- O texto lido responde à estas perguntas. Este texto é conhecido como o resumo de toda a Bíblia. Ele nos apresenta Jesus como sendo o melhor presente que alguém pode receber. Por quê?

Porque nos é dado pelo próprio Deus!

- A utilidade de um presente é fundamental. Para que um presente possa ser benção na vida de alguém, é necessário que a pessoa que dá o presente saiba o que realmente a pessoa presenteada está precisando.

- O texto afirma que Deus nos deu Jesus! Existe alguém que saiba melhor sobre as nossas necessidades do que o próprio Deus? A palavra de Deus afirma:

Mateus: 6. 8. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.

- O apóstolo Paulo nos revela a preocupação do Pai com as nossas necessidades ao escrever:

Romanos: 8. 32. Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?

- Jesus e o melhor presente que alguém pode receber porque nós é dado pelo próprio Deus, que conhece todas as nossas necessidades e, em Jesus, supre todas elas.

Porque nós garante a vida eterna!

- A maneira de recebermos Jesus como presente de Deus é crendo nele. Crer em Jesus não significa apenas acreditar nele, mas se entregar totalmente a ele.

Mateus: 16. 24. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; 25. pois, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.

- Quando nós entregamos a Jesus e o recebemos como presente de Deus somos salvos. Herdamos a vida eterna!

- Receber a vida eterna é ter a certeza de que estaremos para sempre na presença de Deus. Aqui neste mundo e também após deixarmos esta existência. Por isso, Jesus é o melhor presente que alguém pode receber.

Quando Deus é a nossa habitação!

(Deut. 33.26 a 29)

- É interessante percebermos a maneira como o povo de Israel desenvolveu a ideia de Deus como uma habitação. “Deus, o eterno, é a tua habitação...” (vs. 27) Isso porque eles não possuíam uma habitação fixa. Na época de Moisés o povo hebreu era nômade. Entretanto, eles sonhavam com o dia em que possuiriam uma terra, onde iriam se estabelecer definitivamente. Enquanto este dia não chegava, eles projetavam em Deus esta habitação segura e definitiva.

- Para os Hebreus, ter Deus como nossa habitação, significava permanecer nele e em sua palavra, e esta permanência em Deus resultava em bênçãos. Jesus ratifica esta ideia ao dizer: Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito. (João 15.7)

- Esta é a ideia que o texto nos transmite. Quando temos Deus como nossa habitação somos abençoados. Isso, porquê...

Descansamos nos braços dele! Vs 27

- Descanso era um outro tema bem abordado entre os hebreus, e também estava relacionado à terra prometida. O escritor aos Hebreus fala sobre isso no capítulo 3 de sua carta, a partir do verso 7. Para eles, “descanso” estava relacionado com “calmaria”; “paz interior”; e era fruto da fé em Deus, em quem habitavam.

- Sem fé seria impossível “descansar” no Senhor: E a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade. (Hebreus 3.18 e 19)

- Ter o Senhor como nossa habitação só é possível qdo cremos plenamente nele. E quando isso acontece, temos paz em qualquer circunstância, descansamos em seus braços.

Temos Vitória contra o inimigo! Vs 27

- Para desfrutarem das bênçãos da terra prometida, os Hebreus precisariam vencer os inimigos que estavam lá na terra. Eles não eram pouco e nem despreparados. Muito pelo contrário. Mesmo assim, o Senhor garantiu a eles Vitória. (Vs. 27)

- A palavra de Deus deixa claro quem são nossos adversários: ...pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes. (Efésios 6.12) 

- Em Jesus, somos mais do que vencedores! Ele se manifestou para destruir as obras do diabo. (I João 3.8)

Temos nossas necessidades supridas! Vs  28

- Duas coisas não podiam faltar na dispensa de uma família hebréia: Cereais e vinho! Quando o autor bíblico escreve que o povo habitaria seguro em uma terra de cereais e vinho, estava afirmando que nada iria faltar a eles. 

- Quando habitamos na presença de Deus e permanecemos nele, nada nos falta! (Salmos: 23. 1.) O Senhor é o meu pastor; nada me faltará... (Filipenses: 4. 19.) Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus. 

O nome grandioso de Jesus!

(Filipenses 2.9 a 11)

- Todos nós temos ideia da importância do nome na vida de uma pessoa. Tanto para pessoas como para objetos, animais e lugares, os nomes servem para identificação. Se alguém deseja falar com uma pessoa, basta chamar por seu nome; porém, se chamar por outro nome, essa pessoa não responderá para pessoas como para objetos, animais e lugares, os nomes servem para identificação. Se alguém deseja falar com uma pessoa, basta chamar por seu nome; porém, se chamar por outro nome, essa pessoa não responderá

- Na antiguidade, porém, os nomes, além de serem identificadores, iam além disso. Eles tinham significados especiais. Os nomes antigos tinham relação com as circunstâncias do nascimento, do local, da aparência da criança, etc. Às vezes, o nome relacionava-se com o futuro da criança, é o caso dos nomes proféticos.

- Deus mudou o nome de Abrão, “pai da exaltação”, para Abraão, pai da multidão. Deus trocou o nome de Sarai, “contenciosa” para Sara “princesa”

- O texto lido nos fala sobre o nome de Jesus. Percebemos nele a grandiosidade do nome de Jesus. Por quê?

O nome de Jesus foi dado pelo próprio Deus!

- O nome Jesus significa “salvador”. (Mateus 1.21)

- Este nome, conforme nos informa o próprio texto, foi dado pelo próprio Deus. A importância de quem definia o nome, na cultura hebraica, também era determinante. 

- O fato do próprio Deus definir o nome de Jesus indica a grandiosidade deste nome, bem como a veracidade de todo o significado que o envolve.

O nome de Jesus está acima de todo nome!

- Esta declaração define a autoridade, o poder que há no nome de Jesus, a singularidade da sua Pessoa. Não há outro como Ele.

- O apóstolo Paulo já havia destacado está verdade em Efesios 1.20 a 23.

- Todo poder e autoridade pertence a Jesus. Seu nome expressa está realidade espiritual. Quando pronunciamos o nome de Jesus, convictos desta verdade, vemos a manifestação deste poder.

O nome de Jesus expressa o seu senhorio!

- Um dia, todo joelho se dobrará diante do Senhor Jesus. Entretanto, seu senhoria já se manifesta por meio do seu nome. Jesus é dono de todas as coisas. Ele tem o domínio sobre todas as coisas.

- Um dos grandes pastores da história Batista do Brasil foi o pastor Davi Gomes. Tive o prazer de tê-lo como meu professor no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Ele nos contou sua experiência de construir um prédio de 10 andares pela fé. Um dia, precisando de dinheiro para a construção foi ao banco fazer um empréstimo. Quando o gerente lhe perguntou quem seria o seu fiador, o pastor Davi Gomes disse: Jesus! O gerente ficou tão perplexo com a resposta que liberou rapidamente o empréstimo sem fiador. O nome de Jesus expressa seu domínio, seu senhorio sobre todas as coisas.

Conclusão 

- Que tenhamos consciência da grandiosidade do nome de Jesus, e que possamos pronunciá-lo com ousadia e fé, crendo que, quando assim o fazemos, vemos a manifestação do poder de Deus.

O Eterno Propósito de Deus!

 Introdução

 Leia com atenção os seguintes textos bíblicos: Romanos 8:28;  Efésios 1:11 e 3:11. Após a leitura responda: Qual é a palavra comum a todos esses textos?

A Bíblia afirma que Deus, nosso eterno Pai, nos criou com um propósito.  Antes mesmo de nos criar ele já tinha em mente esse propósito, por isso o apóstolo Paulo o chama de  “eterno propósito”, ou seja;  um propósito que nunca mudou nem irá mudar.

Deus não nos fez por acaso, mas Ele planejou nossa criação. Somos obra de um projeto divino que foi desenvolvido em amor. Isso nos torna especiais em relação a toda a criação de Deus. Por isso, o salmista afirma que fomos coroados com honra e glória pelo Senhor Deus, que nos deu domínio sobre toda a sua criação. Vejamos, então, qual propósito de Deus para nossa vida.

 O Propósito de Deus para nós!

Ao falar sobre o  eterno propósito de Deus o apóstolo Paulo afirma: “Pois o que dantes conheceu, também os predestinou…(Rom.8:29). Predestinar significa “definir um destino de ante-mão”, ou seja, antes mesmo de nos criar Deus definiu seu propósito para nossa existência. Essa definição abrange a toda a humanidade e não apenas alguns seres humanos. Predestinar aqui não significa “definir a salvação de alguns poucos escolhidos” como entendem alguns. Essa pré-destinação também não significa uma imposição do pai sobre a humanidade, mas um desejo, um projeto de vida para nós. O eterno propósito de Deus não anula nosso livre arbítrio, nossa responsabilidade  moral de tomar decisões.

Uma família!

Quando continuamos a ler o texto, descobrimos que propósito é esse que o Senhor definiu antes mesmo da nossa criação: “…para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Na verdade, Deus desejou ter muitos filhos, que formassem assim a sua família. Por isso, o apóstolo Paulo escreve:

“Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus.” (Efésios 2.19)

Todos nós reconhecemos a importância da família para o crescimento e fortalecimento do indivíduo. Da mesma maneira, a família de Deus é muito importante para o nosso crescimento e fortalecimento espiritual. Por isso, não devemos nos ausentar das nossas reuniões aos domingos e também nas casas. Participar das reuniões da Igreja nos traz ânimo e fortalecimento espiritual (Hebreus 10:25)

Semelhantes a Jesus!

Além de ter uma família, o nosso eterno Pai também desejou que todos nós, membros desta família, fossemos parecidos com seu filho primogênito, Jesus Cristo. Esse desejo de Deus é confirmado nos seguintes textos bíblicos: João 13:15; 20:21; Filipenses 2:5; Colossenses 3:13 e I Pedro 2:21.

Coisas inéditas e maravilhosas podem acontecer!

(Mc.2.1 a 12)

- O verso 12 do texto que serve como base para a nossa reflexão afirma: “Nunca vimos coisa semelhante!” Ou seja, o fato narrado no evangelho era, para seus personagens, algo inédito. Eles nunca haviam visto coisa igual.

- As coisas inéditas chamam a nossa atenção. Todos nós, em algum nível, temos receio do “novo”; ao mesmo tempo que somos atraídos – e às vezes até desejamos – coisas novas

- Uma nova roupa...um novo carro...ou até mesmo uma nova realidade em nosso casamento, vida profissional, emocional, etc.

- O homem que estava em uma cama e que foi levado até Jesus esperava uma nova realidade para a sua vida. Uma realidade de cura que iria lhe abrir as portas para muitas outras realidades diferentes. Por meio da sua cura, ele poderia andar livremente, trabalhar; experimentar a liberdade do ir e vir.

- O mesmo Jesus que proporcionou a este homem uma nova realidade, é o mesmo hoje! Ele deseja que você experimente um novo momento em sua vida. Creio que alguns aspectos neste texto, nos ensinam que coisas inéditas e maravilhosas podem acontecer...

1. Quando nos relacionamos com pessoas cheias de fé! Vs.3 a 5

- O homem chegou até Jesus por causa destas pessoas! Certamente, eram seus amigos. Por isso, fizeram tanto esforço para o conduzirem até Jesus e mais esforço ainda para coloca-lo diante do Mestre. Eram amigos de fé! Cheios de fé!

- Como são os seus relacionamentos? Quem são os seus principais amigos? As nossas amizades e as pessoas com quem mais nos relacionamos nos influenciam mais do que podemos imaginar.

- Quando nos relacionamos com pessoas cheias de fé somos contagiados por esta fé, fortalecidos por esta fé. Imagine conviver com uma pessoa cheia de fé. As conversas, tudo é direcionado para uma vida de fé.

- Mas, em segundo lugar, coisas inéditas e maravilhosas podem acontecer...

2. Quando priorizamos a nossa espiritualidade! Vs.5

- “Filho, perdoados são os teus pecados!” Jesus sabia da importância que a vida espiritual tem em nossa existência. Quando alcançamos o perdão de Deus, experimentamos uma paz interior inigualável. Por isso, o apóstolo Paulo afirma:

Justificados, pois, pela fé, temos paz com Deus! (Romanos 5.1)

- Jamais seremos totalmente saudáveis sem experimentar profunda paz interior! A cura sobrenatrural começa sempre em nosso interior.

Filho meu, atenta para as minhas palavras, inclina os teus ouvidos à minha instrução...porque são vida para os que as encontram e saúde para todo o teu corpo. (Provérbios 4.20 e 22)

- Em terceiro lugar, coisas inéditas e maravilhosas podem acontecer...

3. Quando ouvimos e obedecemos ao Senhor Jesus! Vs.11

- Ao ouvir as palavras de Jesus, o homem imediatamente as obedeceu. Ele poderia ter resistido, duvidado, questionado. Mas, ele simplesmente obedeceu. Já havia sido curado em seu interior. Estava em condições de crer em Jesus.

- Muitas vezes, deixamos de ser abençoados e de experimentarmos coisas inéditas e maravilhosas porque não obedecemos à voz do Senhor. Não nos esqueçamos do que o Senhor disse a Josué:

Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido. (Josué 1.8)

Conclusão

- Este homem, que até conhecer a Jesus era um paralítico, experimentou um novo momento em sua vida. Ele estava cercado de pessoas cheias de fé, recebeu a cura interior pela fé e obedeceu à voz de Jesus.

- Coisas inéditas e maravilhosas podem acontecer em nossa vida, quando observamos estes aspectos em nossa caminhada. 

Uma igreja focada em Jesus!

(Colossenses 1.12 a 21)

- Ao lermos os primeiros capítulos do livro de Apocalipse, encontramos as cartas direcionadas às sete igrejas. Entre estas cartas está a Carta à Igreja em Sardes. Considerando a geografia atual, Sardes estaria localizada no oeste da Turquia.

- Como acontece em todas as cartas às igrejas da Ásia, os problemas existentes nestas igreja são apontados. O problema da Igreja em Sardes era a desconexão entre aquilo que ela parecia ser e o que realmente ela era. O vs. 1 do capítulo 3 de Apocalipse diz:

Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus, e as estrelas: Conheço as tuas obras; tens nome de que vives, e estás morto. (Apc.3.1)

- A igreja em Sardes havia perdido a sua essência, o seu foco! Eles não haviam parado de fazer, de realizar, e eram conhecidos por isso, mas haviam perdido a essência!

- Creio que hoje o Senhor quer chamar a nossa atenção para uma reflexão acerca da nossa essência, do nosso foco: Temos sido uma igreja centrada em Jesus?

1. Uma Igreja focada em Jesus tem consciência que  pertence a Ele! Vs.18

- O verso 18 afirma que Jesus é o cabeça da igreja, ou seja, a igreja pertence a Ele, o governo da igreja é dele.

- E pertencemos a Ele porque Ele nos tirou das trevas! (Vs.13)

- Em sua carta aos Romanos o apóstolo Paulo confirma esta verdade ao escrever:

Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Romanos 11.36)

Uma Igreja focada em Jesus procura viver n’Ele e para Ele! Vs.16

- A única maneira de sermos uma Igreja relevante, é ser uma igreja que se alimenta de Jesus. (Pr. Sidney Costa – IBM Alphaville)

- Tudo o que somos, somos nele, tudo o que temos, temos nele!

- Uma igreja focada em Jesus tem nele a sua fonte de vida. A conexão com Jesus garante à igreja uma espiritualidade sadia, genuína.

- Em uma igreja chamada tradicional o conhecimento é a fonte de espiritualidade, em uma igreja neo-pentecostal, o líder é a fonte de espiritualidade, mas em uma igreja focada em Jesus, Ele é a fonte! É dele que recebemos tudo. N’ele não temos falta de nada!

- Encontramos no evangelho de João uma metáfora que expressa bem esta verdade:

Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. (João 15.5)

- Jesus é a videira, a fonte, o Pai é o agricultor e o Espírito Santo é a seiva, que vai conduzir a vida do Pai e a sua vontade aos ramos que somos nós.

- Quero citar novamente o Pr. Sidney:

“Uma igreja, ou um líder, que entende este texto em profundidade muda de postura e atitude. A igreja nunca achará que o sistema é a fonte; o pastor não buscará algo mais para dinamizar a comunidade e mobilizá-la em direção a Jesus, apenas descansará crendo que Jesus é suficiente e nele encontramos tudo o que precisamos.” (Compre cadeira. pp.50)

- Uma das músicas mais lindas que ouvi nos últimos anos, de Daniel Souza, diz:

“Eu tenho Cristo em minha vida, eu tenho tudo, nada me falta. Tenho um tesouro, tenho esperança, eu tenho tudo, nada me falta!”

- Somos ramos. Um ramo não consegue sobreviver por si mesmo, mas precisa estar ligado a videira. Conectados a ela. Recebendo da fonte.

Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. (João 15.7)

Corramos para Jesus! Bebamos na fonte que é Jesus!

Uma Igreja focada em Jesus busca a recuperação das pessoas! Vs.21 e 22

- O texto lido fala-nos da obra que Jesus realizou em nós. Ele nos reconciliou com o Pai e nos tornou santos. Nele, a nossa natureza foi transformada. Assim como ele nos transformou, deseja transformar outras pessoas.

- Uma das características mais marcantes de Jesus é a misericórdia e o amor que demonstrou pelas pessoas. De todos os níveis. Jesus tornou pessoas discriminadas e odiadas pela sociedade em pessoas que se tornaram fonte de bênçãos para aqueles que eram por estes explorados. Foi assim com Paulo, Mateus e Zaqueu.

Precisamos entender que o projeto principal a recuperação de pessoas.

- Jesus declarou:

Porque o Filho do homem veio salvar o que se havia perdido.

(Lucas 15.11)

- A coisa principal, é colocar a coisa principal, como a coisa principal. (Neil Barreto) Qual a coisa principal? Jesus! E Jesus veio pra quem? Pra gente. Como igreja, precisamos entender que o projeto de Jesus para a Igreja é gente. Gente é o que somos. Foi por gente que Jesus nasceu, foi por gente que Jesus viveu e morreu! Quantos dos nossos recursos investimos em gente. No Brasil 25 pessoas cometem suicídio por dia.

- O travesti que queria cometer suicídio. Ao caminhar em direção a uma passarela na Av. Brasil para de lá se jogar, passou por uma igreja que se reunia em um lindo prédio, e que cantava “vem amigo, vem agora, vem ó vem pecador, vem vem confiadamente...mas foi impedido de entrar. Ele saiu dali constrangido e continuou seu percurso em direção à morte qdo. passou em frente a uma outra igreja, bem simples, quando, novamente sentiu o desejo de entrar, mas já estava traumatizado com a experiência anterior. Mas, nesta simples igreja foi acolhido e amado e hoje é um pastor.

- Não há nada que a presença de Jesus não possa curar!

Conclusão

- No final do filme “O último Samurai” temos uma cena emocionante. Ao ser pressionado por um de seus ministros a fechar um acordo militar com os ocidentais, o imperador japonês recusa o acordo e diz: Não podemos nos esquecer quem somos e de onde viemos!

“A centralidade de Jesus!”

(João 1.1 a 5)

- Quando lemos a Bíblia, principalmente o Novo Testamento, percebemos que Jesus é o centro de todas as coisas. Por isso, um dia, todo joelho se dobrará diante dele e todos o reconhecerão como Senhor absoluto. (Filipenses 2.10 e 11)

- O texto do evangelho de João, que serve como base para a nossa reflexão de hoje, nos mostra claramente esta verdade:

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (João 1.1 a 3)

- Vemos neste texto a importância de Jesus desde o início da criação. Tudo foi por Ele. Desde o início, vemos a manifestação do seu poder e glória.

- Também vemos no texto duas coisas totalmente relacionadas a Jesus: Vida e luz!

Vida!

- João inicia seu evangelho afirmando que a vida estava em Jesus. (Vs.4) O próprio Jesus declarou que veio para que tivéssemos vida, e vida com abundância! (João 10.10) Isso significa que em Jesus encontramos a verdadeira vida. Nele temos paz, saúde espiritual, emocional e física. Nele, e somente nele, encontramos a plenitude da vida, ou seja, em Jesus vivemos plenamente. (João 1.16)

- Muitos acham que viver plenamente é ter sucesso profissional e financeiro, possuir uma grande rede de amigos virtuais, receber centenas de “curtidas” em um “post” e por aí vai. Poderíamos citar centenas de exemplos de pessoas que alcançaram grande sucesso e terminaram frustradas, deprimidas, doentes. Ter ou fazer sucesso não é pecado. Faz parte da vida de quem trabalha duro, de quem “corre atrás” e não espera “cair do céu”. Mas, o sucesso jamais irá trazer plenitude de vida. Isso, só podemos encontrar em Jesus.

Luz!

- “A vida era a luz dos homens...” (Vs.4) Em outras palavras, a vida de Jesus traz luz aos homens. Luz traz revelação, clareza. Quando uma luz se acende, podemos ver coisas que não víamos antes. Quando recebemos a vida de Jesus, recebemos também luz. Passamos a enxergar as verdades espirituais antes ocultas para nós. Recebemos revelação do projeto maravilhoso de Deus para a nossa vida. Essa nova visão e compreensão da própria vida nos traz calma, segurança e, consequentemente, paz. Viver com Jesus é bom demais!

- A luz de Jesus também ilumina o nosso caminhar. O salmista declara:

Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. (Salmo 119.105)

- Em Jesus sabemos qual  o caminho a seguir. As decisões que precisamos tomar. Sua luz nos ilumina, nos traz clareza de raciocínio. Creio que a questão, muitas vezes, não é o que fazer, pois, sabemos claramente o que fazer. O problema é que muitas vezes este "fazer“" representa um grande desafio pra nós. Nestes momentos, encontramos em Jesus a força e as condições necessárias para fazermos o que deve ser feito. Jesus é demais!

A VERDADE QUE LIBERTA!

(João 8.32 a 51)

I – O PECADO ESCRAVIZA!

a) A ESCRAVIDÃO DO PECADO TRAZ CEGUEIRA ESPIRITUAL

    - Quando vivemos sem o perdão de Deus, vivemos como escravos. Esta escravidão nos impede de vermos as coisas maravilhosas que Deus tem para nós. Impede-nos, também, de vermos o projeto de Deus para nós que é a salvação da nossa vida. Por isso, o apóstolo Paulo escreve:

...nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. (II Coríntios 4.4)

b) A ESCRAVIDÃO DO PECADO GERA MORTE

   - A palavra de Deus diz:

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 6.23)

   - Deus não nos criou para morrermos. Você já percebeu como é difícil aceitarmos a morte. Pode ser uma pessoa de extrema idade, enferma, sofrendo, mesmo assim, quando esta pessoa morre há sofrimento por parte daqueles que ficam. Não nascemos para morrer! A morte foi introduzida na humanidade por causa do pecado.

   - O pecado trouxe não apenas a morte física, mas principalmente a morte espiritual. Longe de Deus estamos mortos espiritualmente. Não há como nos relacionarmos com Deus.(Isaías 59.1 e 2) Isso só é possível quando somos libertos por Jesus Cristo.

II – JESUS LIBERTA!

a) A VERDADE DE JESUS TRAZ LIBERTAÇÃO!

   - O pecado trouxe a escravidão, mas Jesus veio para nos libertar do pecado:

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (João 8.36)

   - A libertação do Senhor em nossa vida acontece quando tomamos conhecimento da verdade:

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (João 8.32)

    - A palavra de Deus é a verdade. Jesus é a verdade. Quando ouvimos a palavra de Deus e a aceitamos, entregando a nossa vida a Jesus, somos libertos do pecado.

b) A LIBERDADE QUE JESUS DÁ TRAZ VIDA!

    - Além de sermos libertos do pecado, Jesus também nos liberta da morte.

Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte. (João 8.51)

    - Em Jesus recebemos vida eterna. Esta vida começa aqui (João 10.10); e se estende por toda a eternidade. (I João 5.12 e 13).